segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Por vezes, a vida é tão injusta...

Ralph Steinman
Ralph Steinman,  premiado hoje com o Prémio Nobel da Medicina, morreu na passada 6ª feira. Nascido no Canadá, onde estudou biologia e química na Universidade McGill, frequentou, mais tarde a Harvard Medical School, nos Estados Unidos. Era professor de imunologia na Universidade Rockefeller desde 1988 e, também, director do Centro de Imunologia e Doenças Imunes.
Tendo-lhe sido diagnosticado um cancro no pâncreas há cerca de quatro anos e meio, usou diversas terapias experimentais baseadas no sistema imunitário, porque ele acreditava que aí estaria a solução para o seu problema. Desta forma, entendia que estava a conseguir prolongar a sua vida. E, de facto, as chances de sobrevivência a este tipo de cancro, durante mais de um ano, é inferior a 5%.
Todos os que o conheciam afirmam que encarou a sua doença de forma heróica, sentido como uma obrigação pessoal lutar contra ela. Trabalhou no seu laboratório até há uma semana atrás Continuou a sua investigação, as suas publicações, as suas experiências, Compareceu em todos os congressos e reuniões. Ganhou vários prémios. Viajou muito. A ciência era a sua vida e ele esteve, apaixonadamente, com a ciência até a sua vida terminar.
Amigos e colegas, nos últimos quatro anos, na manhã do anúncio dos prémios Nobel, corriam para o computador, esperando ver lá o nome de Ralph Steinman. Nunca o viram… até esta manhã. Que pena!, pensaram eles, sentindo, como disseram, um murro no estômago.
Que pena, penso eu, também. Às vezes, a vida é tão injusta…
  

2 comentários:

  1. Sim, realmente a vida por vezes é bem injusta e há alturas em por muito que se tente entender, não conseguimos.
    Estou retribuindo a sua amável visita ao meu humilde cantinho, adorei o seu blog, um espaço lindo e de extremo bom gosto, irei acompanhar com imenso prazer.
    Beijinhos
    Maria

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